A primeira mama da geração de rendimentos que apresentamos hoje é a Sarita Mateus. Tem 42 anos e é mãe do Hilário Manuel Machava, afilhado UPG, no Programa de S. Vicente de Paulo desde 2010. O seu negócio é a compra e venda de Bolachas, Doces, Pipocas e produtos para o cabelo, numa banca à porta da escola de SVP. Boa sorte Mamã Sarita!
30 de setembro de 2016
22 de setembro de 2016
Obrigada Mozambikes
O Donaldo, o Cristóvão e o Orcídio receberam
cada um uma bicicleta, oferecidas pela Mozambikes, para os ajudar nas
tarefas diárias da UPG!
A aquisição de uma bicicleta melhorou a
qualidade de vida destes 3 jovens pois todas as distâncias que percorriam a pé,
em dias de chuva ou muito calor, serão encurtadas e desempenhadas mais
facilmente, contribuindo para que os três se sintam mais motivado e continuem a
inspirar os jovens que acompanham.
Tanto
o Donaldo, o Orcídio, como o Cristóvão poderão, com a bicicleta realizar
visitas domiciliárias quando as crianças faltam às aulas, acompanhá-las ao
posto de saúde quando estas necessitam e realizar visitas familiares semanais
das crianças apadrinhadas pela UPG.
15 de setembro de 2016
O choque com a realidade Moçambicana...BANG!
"Primeiras
impressões de Moçambique.... Primeiras impressões da verdadeira África...
É um lugar comum
falar da terra vermelha, dos aromas quentes, das estradas sem fim e dos
sorrisos… por todo o lado grandes sorrisos expressivos. Por mais lugar comum
que estes aspetos sejam em testemunhos de visitantes estrangeiros, quando
aterramos vindos “do outro mundo” no conforto da Europa, somos surpreendidos e
os nossos sentidos são invadidos por sentimentos de ternura, de impotência, de
culpa, de aventura e… de esperança.
A estrada é longa, panorâmica com pessoas, aqui e ali, de
Maputo para Chokwé. São centenas de todas as idades que vendem, trocam, e
tentam sobreviver a partir de quaisquer meios que têm à sua disposição, nos
passeios, nos autocarros, todos sobrevivem ao longo da estrada extensa e
poeirenta. A vila de Chokwé – um pedaço de nenhures que ninguém escolhe visitar,
mas um local onde muitos nascem, estudam em escolas subsidiadas, tal como as
nossas escolas de SLM e SVP, e onde mais tarde regressam para visitar a família
abandonada por um trabalho melhor na vizinha África do Sul. A beleza do oceano
Pacífico situa-se a apenas 100kms de distância, mas as nossas crianças não poderiam
viver mais afastadas dele, num local onde a terra não encontra a fugidia chuva,
durante grande parte do ano, onde o gado é escasso e fraco em pastagens secas e
a fome cresce a cada dia que passa.
BANG assim que chegamos a à escola de SVP, o sentimento é
avassalador. Um total de 1000 crianças, 200 das crianças mais carenciadas,
estão ao nosso cuidado; acabei de aterrar com o nosso voluntário responsável
pela realização de um documentário Niko T. Saudações de completos estranhos;
novos e idosos, elementos da equipa, crianças, freiras Vicentinas, que nos
recebem como membros da família que há muito não veem; com beijos e abraços
como se estivessem grande parte da sua vida à espera de nos reencontrar. E os
nossos hábitos do mundo ocidental “civilizado” que nos mantêm a uma distância
respeitosa, ficam esquecidos e retribuímos os abraços, e perguntamos pela saúde
das crianças e queremos saber o que foi o almoço… Pegamos em crianças que nunca
vimos antes, algumas reconhecemos a partir dos nossos extensos relatórios sobre
as nossas ações de apoio, mas até ao momento eram nomes sem rostos, e eles fazem-nos
festas na face e no cabelo. E é necessário tempo; tempo moçambicano… quente e
infinito; apenas para dizer olá e ainda mais para dizer adeus. Será que nas
nossas vidas preenchidas e ocupadas esquecemos a alegria e beleza de conhecer
um novo ser humano?
Edson, BANG BANG, a força esquelética, frágil e
encantadora deste rapaz de 11 anos que recentemente entrou no programa de
Apadrinhamento UPG e cujo destino o colocou numa cadeira de rodas. O Edson vai
todos os dias à escola sozinho, com a força dos seus magros e longos braços,
contra o pó e o vento, e mostra-nos um sorriso tímido e orgulhoso quando, com
espanto, o observamos no regresso a casa. Queremos segui-lo e fazer um
documentário completo sobre ele. Neste momento penso na minha preocupação,
durante o voo, em conseguir ligação à internet porque atualmente é totalmente
impossível para um ser humano sobreviver 24 horas sem Whatsapp.
Em seguida saímos de carro para o pequeno oásis situado
perto da Escola de SLM. Romântico apesar da pobreza, este pequeno complexo das
irmãs Vicentinas; com algumas árvores e machambas de vegetais que sobrevivem
com dificuldade e pequenos edifícios; fica situado numa escola à qual dedico
provavelmente 70% do meu tempo “livre”. Alimentar 800 crianças todos os dias,
apadrinhar 170 destas crianças, colocá-las em aulas de apoio ao estudo, cursos
técnicos, alguns poderão frequentar a universidade um centro de dia de VIH para
32, vamos envolver as mães e gerar rendimento familiar; infindáveis listas de
projetos exaustivos nos quais quero sempre fazer mais, mais rapidamente, em maior
número, para mais crianças; fornecer serviços mais essenciais, mais eficientes,
mais, MAIS!!
Será que eu e a UPG vamos conseguir fazer mais …? Será
que é necessário fazer mais …? Será que menos é suficiente …? Será que mais
NUNCA será suficiente…?
Dormir, dormir e esquecer… esquecer os mosquitos e a
adrenalina, amanhã o dia começa às 05.50h …"
6 de setembro de 2016
Começa a aventura da Adriana com a UPG em Moçambique!
"Aquilo que ainda
bem pouco tempo era um esboço, agora é um projeto! Este foi o pensamento na
passada sexta-feira. Finalmente chegou o dia da minha partida. No aeroporto fui
surpreendida com a presença de vários amigos que carinhosamente foram se
despedir de mim. E, rapidamente, chegou o momento de voar.
Após 10h de avião
eu, a Mamã Anabela e a Mana Joana chegámos a Maputo pelas 06h30. De manhã
tivemos a oportunidade de encontrar os manos Bernardo e Filipe e visitar a Feira
de Artesanato.
Maputo é bem
diferente das cidades que conhecia até ao momento. Embora seja capital, a
pobreza é evidente, edifícios antigos e sem manutenção, estradas semi-alcatroadas,
passeios não pavimentados, muita poeira…
Assim que nos despedimos
dos manos, partimos rumo a Chókwè, mais 3.5h de caminho. Por causa da seca e
não só, a diferença de paisagens é bem evidente. Conforme seguíamos pelo
interior de Moçambique, os edifícios tornam-se escassos e na sua vez aparecem
casas de lama e caniço. Junto a elas encontram os seus habitantes, na maioria
descalços e vestidos com roupas em segunda mão, algumas encardidas e outras
rasgadas.
Em cada canto da
cidade é possível comprar crédito para o telemóvel, frutas, legumes. No mercado
(que mais parece um labirinto) encontramos um pouco de tudo, como leguminosas,
roupas usadas, calçado, ferragens, capulanas e serviços de costura e de
cabeleireiro. A todos os produtos temos
de acrescentar uma camada de pó oriunda do chão do mercado ah, e não esquecer,
o custo acrescido pelo facto de ser mulungo ( = branco).
Infelizmente, a
realidade é triste, contudo no rosto destas pessoas facilmente conseguimos
encontrar um sorriso. É um povo simpático, afável e curioso.
A aventura vai começar!"
A Adriana L. estará 6 meses em Moçambique como voluntária UPG para se dedicar com muito carinho e tanta alegria às nossas crianças. Saiba mais do seu trajecto pessoal nos projectos UPG aqui!
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